quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Expedição Chapadas: C. dos Veadeiros

Mirante na estrada para São Jorge

Trajeto: Chapada dos Guimarães <-> Brasilia (1012km)
índice da expedição aqui

Decidimos dormir em Brasilia antes de ir para São Jorge (cidade que escolhemos na chapada). No inicio do trajeto, ficamos 300km sem ver posto, quase deu merda (vulgo, pane seca). Teve um trecho da BR070 que tinha um misto de terra e asfalto (meio bizarro)

Trajeto: Brasilia <-> São Jorge (254km)

Nada de mais nesse trajeto. Aproveitamos para ir na cachoeira dos macaquinhos antes de chegar em São Jorge, já que era caminho.

Cidade: São Jorge

Foto da área comum do camping. Bem legal. Fonte: http://www.chapadadosveadeiros.eco.br/
Onde ficar: Camping Taiua - tripAdvisor - Ótima estrutura. Lugar bonito e bem cuidado.

Onde comer: Rancho do Waldormiro - tripAdvisor - existem mais opções na cidade vizinha, Alto Paraíso de Goiás, mas a melhor dica é comer a Matula no Waldomiro, na estrada entre Alto Paraíso e São Jorge (local está marcado no Trip Advisor). Comida típica da região, é tão gostosa que sempre repetimos no próximo dia.

O que fazer (atrações): ficamos só dois dias. Se tiver oportunidade, fique mais. Não usamos guia em nenhuma atração, mas recomendamos caso não queira conhecer mais do cerrado e ter mais segurança.

Macaquinhos
Macaquinhos: (dia 1) - são mais de 10 cachoeiras espalhadas em uma caminhada de 4km (ida e volta), com algumas subidas e descidas mas nada de mais. Tem até cachoeira para nudismo, mas a mais impressionante é a ultima. Paga-se 20 reais para entrar, não tem muita estrutura (não tem lanchonete), tem que ter atenção para porteiras no caminho e dizem que a ultima parte da estrada é arriscada para veículos que não sejam 4x4 (na volta, tem uma subida ingrime - o pessoal estaciona na placa de 400m e vai o restante andando).  Como chegar: wikiloc

Macacão (offroad): essa é a cachoeira para quem esta de 4x4. Eu confundi ela com macaquinhos e não fui :-( Existe relatos na internet sobre ela, como também track logs no wikiloc.

Catarata dos Couros
Couros: (dia 2) depois de uma trilha curta, você dá de cara com uma linda cachoeira e piscinas naturais. Já estaria bom, mas seguindo o rio abaixo (uma trilha pelas pedras, meio chatinha e com pouca sinalização) você encontra a atração principal, a catarata dos couros no meio do desfiladeiro. Não tem estrutura de lanchonete e não se paga entrada (2016). Como chegar: wikiloc

Vale da Lua
Vale da Lua: (dia 2) fomos no fim do dia, depois de mais uma matula. As pedras do local parecem com a superfície da lua e tem uma cachoeira no final. Paga-se para entrar e a trilha é curta. Entrada fica na estrada para São Jorge, não tem como errar, mas segue o wikiloc.

Almécegas I e II: fomos em 2015, lugar muito legal também. Ótimo para fazer no começo do dia e depois partir para o Vale da Lua, que é perto. As cachoeiras são imponentes, a trilha é moderada (em torno de 40 min) mas vale a pena. Paga-se para entrar (em torno de 30 reais)

Parque nacional: fomos também em 2015, possui duas trilhas principais, com cerca de 12km ida e volta cada (ah, e um trekking de 2 dias que deve ser louco!). Experiencia unica de andar no meio do cerrado, pelo parque adentro longe de civilização. Entrada gratuita e trilhas demarcadas. Tem um limite de pessoas no parque, então chegue cedo. Caso queira guias, é possível contratar na entrada do parque.

Sta Barbara - Fonte: wikipedia
Sta Barbara: fomos em 2015. Acho que a cachoeira mais bonita da região. Fica em Cavalcante (100km de Alto Paraíso e São Jorge) e a estrada até lá é meio puxada. Se recomenda ir de 4x4 por ter erosões fortes. Quando fui, estava de Gol alugado e perdi a placa na ida (e encontrei na volta, ufa! - travessia de rio). Além disso, vi partes dos parachoques de carros baixos pela estrada. Precisa de guia, que pode ser contratado na comunidade Kalunga na entrada da cachoeira. Tem limite de pessoas e tempo contado para ficar na cachoeira, então se planeje para chegar cedo.

domingo, 30 de outubro de 2016

Expedição Chapadas: C. dos Guimarães

SP até Chapada dos Guimarães - 1600km
índice da expedição aqui

Nossa meta era fazer cerca de 1000km por dia, logo essa perna teria que ser dividida em duas. Usamos uma estratégia que, toda vez ao parar para abastecer o tanque, a gente alternava no volante. Tinhamos que escolher uma cidade para parar e escolhemos acampar no parque Nacional das Emas em Chapadão do Céu - GO.

Acampar no parque - experiência unica
Parque Nacional das Emas (1053km)

Estrada: Estradas esburacadas entre Cassilândia e Chapadão do Sul. (Sim, existe Chapadão do Céu e do Sul)

Onde ficar: no proprio parque

Não conseguimos aproveitar bem o parque, já que foi praticamente um pitstop. Mas foi um dos lugares mais impressionantes que acampamos, ótima abertura de viagem. O parque é bastante visitado por observadores de pássaros e turmas universitárias de biologia. É preciso comprar tickets para acampar/visitar o parque no site do ICMBIO. O parque fecha 18:00, então é importante sair bem cedo de SP.  A área de camping fica 6km para dentro do parque, é cercada por causa dos animais selvagens e, amigo, a noite ouvimos uma orquestra de barulhos selvagens. Estava sem lua e as estrelas estavam um espetáculo a parte, dando para ver inclusive as manchas da via láctea.

Estrada para a Chapada - Araras everywhere
Chapada dos Guimarães (505km) 

Estrada: Muitos buracos entre Chapadão até Mato Grosso. Tem uma serra muito bonita mó caminho por MT e não é raro ver Araras voando pelo céu. Depois de Rondonópolis, a pista é duplicada.

Onde ficar: hostel da Manu (site) - ficamos na casa da Manu. Ela é muito gente boa, acelerada, e foi nossa guia tb em alguns passeios. Único detalhe, que não incomodou a gente mas pode incomodar outras pessoas é o fato do único banheiro da casa ser compartilhado entre os 4 quartos da casa. Ah, da para ir a pé até o centro, é bem perto.

O que fazer:  ficamos 3 dias cheios e fizemos os seguintes passeios: (todos precisam de guia e é caro, em média R$100,00 por pessoa - caso você tenha o carro para chegar nos lugares)

Cidade das Pedras
Cidade das Pedras (4x4 necessário)
Fizemos Cidade das Pedras e Rio Claro no mesmo dia. Acesso aos mirantes da chapada, com vista deslumbrante para a parte interna do parque. As estradas são de areia fofa, por isso a necessidade do 4x4.

Crista de Galo - Vale do Rio Claro
Vale do Rio Claro (4x4 necessário)
Se estiver de 4x4, dá pra fazer o Vale do Rio Claro no mesmo dia da Cidade de Pedra (erosões e travessia de rio \o/). Caso contrario, tem que estacionar longe e andar 5km a pé. Se na cidade das pedras a gente vê a chapada por cima, aqui a gente ve por baixo. É aqui que você conhece a formação Crista de Galo e depois termina nadando em dois poços no rio Claro.



Caverna Aroe Jari
Visitamos uma gruta gigantesca com 1.550 metros de extensão, a maior do Brasil. Além disso, visitamos a Caverna Kiogo Brado, com entrada de cerca de 30 metros de altura, e que é possível atravessa-la saindo pelo outro lado.  Tivemos que usar pederneiras por causa das cobras (não vimos nenhuma) e as trilhas são um pouco longas.


Circuitos das Cachoeiras
Caminhada de 9km que passa por 7 cachoeiras, com parada para banho na maioria delas. Passeio dura em média 6 horas.

Expedição Chapadas - 9000km, 11 estados, 21 dias

Pé na estrada \o/
Está chegando perto do fim do ano e muitos de nós pensamos em roteiros de férias. Por isso, vou em poucos posts descrever a jornada que eu, um amigo e o Jimny amarelo ;-) fizemos em julho de 2016 (alias, muitos recomendam ir no inverno para a maioria dos lugares, pois chove pouco nessa época).

Nosso roteiro foi:
  •  Chapada dos Guimarães (link)
  •  Chapada dos Veadeiros (link)
  •  Chapada das Mesas (link)
  •  Serra da Capivara (link)
  •  Chapada Diamantina (link)
  •  Alto Caparaó
  •  Serra da Bocaina
Mapa do trajeto
Números:

KM - Foram 9432km percorridos em 21 dias.

$$$ -  sempre me perguntam dos custos. Entre combustível, estadia, guias/passeios, comida, gastamos R$6600,00* (que foi dividido em dois), sendo que R$4127,00 foram com combustível. Como vocês vão ver, alternamos pousadas com campings. (* não inclui chapada dos Guimarães, pq nesse passeio as esposas nos acompanharam)

Estados - passamos em 11 estados O.o - São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goias, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piaui, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro

Espero que gostem. Qualquer duvida, coloquem no comentário.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Trilha do Túnel em Alumínio


Tipo (?):trilha 
Dificuldade 4x4:fácil/médio
KMs (ida):~77
Condição:Seco
Cachoeiras:0
Travessia de Rio:0
-> Wikiloc:aqui


Essas trilha em Alumínio foi bem marcante. Ela tem de tudo, erosão, trilho de trem, túnel, lama, represa, etc. Foi bem desafiadora, mas mais importante, de aprendizado (por que aconteceram alguns probleminhas).


Depois de passar pela linha do trem (cuidado, o trem ainda passa por lá), chegamos ao túnel. Tentei passar subindo na zaida, mas não consegui. Tentei três vezes e meu pé começou a ficar gelado. Quando percebi, estava entrando lama dentro do carro O.o Veja o vídeo gravado pelo meu "valente" zequinha, Thiago Grande. Parte da lama que entrou no carro pode ter sido de origem duvidosa rs rs.


Subir o túnel não foi uma boa escolha, o terreno logo abaixo parecia um mousse. Deveríamos ter feito o trajeto ao contrario, descendo pelo túnel (inclusive, pessoas já disseram em grupos de jipeiros que conseguiram passar descendo ao invés de subindo).


Ficar encalhado na lama, indo e voltando, ferrou com algumas coisas no carro (eu e o Rodrigo que tentamos). O freio ficou raspando na roda por um tempo, a embreagem travou (sujeira no cabo), a lama no trambulador fez o cambio ranger, o tapete precisou ser lavado e trocado a espuma (no fim, troquei para o interior lavável). No fim, consegui recuperar todo o carro, mas deu trabalho.

Ainda volto lá e passo no diacho do túnel!


Caso não queira fazer o túnel, o trajeto continua sendo interessante. Logo depois vem uma parte com erosões monstros que desemboca na represa, onde é preciso descer pela pedra.


Créditos das fotos para o amigo do Rogério, Daniel Veloza, fotografo de mão cheia.

sábado, 24 de setembro de 2016

Terceira leva de acessórios: Guincho

Escolhi esse aqui ;-)


Na terceira leva de acessórios, vamos falar do guincho elétrico. Esse assunto é extenso, então vou descrever a minha experiencia ao colocar o guincho no Jimny e deixar alguns links caso queira saber mais.

Resolvi adquiri-lo quando atolei pela primeira vez e fui resgatado por um jipeiro com guincho. Eu e minha esposa fazemos alguns passeios e trilhas leves sozinhos (não é o recomendável) e vimos que o uso do guincho poderia nos salvar de algumas enrascadas.

O que é preciso levar em conta:

Capacidade do Guincho:  Primeiro passo é escolher um guincho que seja capaz de tirar o peso do seu carro dos atoleiros e afins. O quanto um guincho aguenta puxar é normalmente exibido em libras (9000lbs, 12000lbs). Para saber quanto isso equivale em quilos, multiplique por 0,45 (ou se é pra ter uma ideia, divida por 2). Um carro atolado tem seu peso quase triplicado por estar preso na lama. No caso do jimny, que pesa cerca de 1 tonelada, o guincho de 5400lbs já daria conta do recado. Eu comprei um de 9000lbs. Quanto mais potente, mais pesado o guincho e mais ele impactará a suspensão, sendo que é importante levar isso em conta na escolha da capacidade (o cabo de kevlar diminui o peso do conjunto, veja próximo item.)

Tipo de cabo: existem normalmente duas opções de cabo, o cabo de aço e o cabo kevlar. O primeiro é mais barato, mas pesa mais, é preciso tomar cuidado ao manusear (luvas) e com a possibilidade de seu rompimento. Um cabo de aço ao se romper muito provavelmente vai chicotear e, caso bata em uma pessoa, vai machucar bastante e até matar. O cabo de kevlar é bem mais leve e não chicoteia quando rompido. Para se ter ideia da diferença de peso, o mesmo guincho de 9000lbs pesa 38kg com cabo de aço e 18kg com cabo de kevlar.

Cabo de Aço - precisa de luvas, mais pesado, pode chicotear se rompido e machucar.

Cabo de Kevlar - mais seguro, mais leve, mais caro
Mesa de guincho: você precisará de uma mesa de guincho no carro para instala-lo. No Jimny e na maioria dos veículos, você tem basicamente três opções: trocar seu parachoque por um parachoque de ferro com mesa embutida; cortar parte do parachoque original e instalar somente a mesa do guincho; usar uma mesa removível que encaixa no engate (dianteiro ou traseiro). Escolhi a mesa removível e me arrependi (já explico porque *).

Parachoque de aço com mesa embutida

Adaptação no parachoque original
(provavelmente solda mesa no chassi)

Mesa de Guincho removível - Encaixe no engate


Instalação Elétrica: muitos levam o guincho para ser instalado em oficinas. Não é ciência de foguetes, dá para fazer em casa as montagens mais simples.  Basicamente, você precisa ligar o guincho na bateria. Contudo, a ligação direta não é recomendada, pois o guincho pode travar e drenar toda a bateria. Existe uma chave para cortar a tensão que pode ser comprada no ebay, fazendo com que você só ligue o guincho em dias de trilha. Outro item da instalação elétrica é o conector de cabo para soldagem, no caso de instalação removível (tentei outras menos parrudas sem sucesso). Por fim, uma modificação mais complicada que pode ser necessária dependendo do espaço para o guincho na sua mesa é a transferência da caixa de solenoide para dentro do capô.

Chave para cortar corrente - compre aqui

Conector de cabo para soldador. Use em instalações removíveis.
Compre aqui.  Não compre esse embora vendam para guincho

* porque me arrependi do guincho removível: a ideia inicial era bacana. Só instalar em caso de trilha, logo o carro não ficaria zanzando com todo o peso extra. Como bônus, não precisaria mexer no parachoque e ainda poderia usar o guincho no engate traseiro. Realidade: para usar o guincho no engate traseiro é necessário uma extensão por causa do estepe e, mesmo assim, o uso seria limitado (angulo reto) com risco de empenar o engate. O conjunto mesa + guincho é um trambolho pesado, difícil de guardar e um saco para ficar tirando e pondo do carro. Fiz uma viagem de 10 mil km que levei o guincho no portamalas, ocupando espaço, marcando as partes plasticas, por causa de 20km de trilhas mais tensas. Mas a pior característica é a redução no angulo de ataque, já que a mesa fica bem avançada. Teve um degrau em uma trilha que tive que transpor de ré pq batia a mesa do guincho antes das rodas. Estou desenhando uma solução que altere o parachoque e mantenha o guincho sempre instalado.

Guincho no engate. Útil, mas tira angulo de ataque.
para saber mais:



quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Serra da Canastra: Caminho do Céu


Tipo (?):trilha 
Dificuldade 4x4:fácil/médio
KMs (ida):~110
Condição:Seco
Cachoeiras:1*
Travessia de Rio:0
-> Wikiloc:aqui

A serra da Canastra é um lugar excepcional. Muitas cachoeiras, passeios, lugares lindos e o famoso queijo mineiro.

Caminho do Céu - hehe - sacou?
Como a maioria dos passeios são fáceis de fazer (inúmeras cachoeiras,  nascente do São Francisco, etc) e vários dão até para serem feitos de carro 4x2, vou focar o post em um dos passeio que só é possível ser feito de 4x4, o Caminho do Céu (pegue o wikiloc no quadro acima).

O Caminho do Céu é o trajeto que atravessa o parque pelo alto da serra. Existem algumas variações de caminho, mas a que fizemos (guiados pelo Rodrigo, que já tinha desbravado a região antes) saia de São Roque de Minas e terminava em Delfinópis.

Capim dourado, marca da região
Além de paisagens de tirar o folego, a chegada reserva ao jipeiro passagem pelo meio do "condomínio de pedras", com formações rochosas que se assemelham a prédios, e a uma bela visão da represa de furnas.

Fizemos a trilha no seco e consideramos uma trilha leve/moderada. Algumas erosões um pouco mais fundas e algumas pedras mais altas. Almoçamos no restaurante/pousada da Wanda, estrategicamente posicionado no meio do caminho e parada obrigatória das turmas de jipe e moto cross. Levamos 9h 30 min na trilha, sendo 7h 30 min em movimento.

Finalizando de cara para a represa
* paramos na Cachoeira das Bateias no caminho, como pode ser visto no wikiloc, para dar uma refrescada. Contudo, a "atração" do Caminho do Céu é mesmo o visual fantástico no topo da serra.

Onde ficar:

Nossa Barraca no Vila Delfinópolis
Ficamos hospedados em campings tanto na cidade de São Roque de Minas (origem) quanto na de Delfinópolis (destino). No entorno dessas cidades existem varias atrações para serem visitadas. Os campings são ótimos e tem diária em torno de 25 reais por pessoa.

Fugindo da balsa

Era feriado prolongado, domingo, e na hora de sair de Delfinópolis, pegamos uma fila enorme na Balsa. Segundo um pessoal que tinha passado horas antes, de cerca de 3 horas. Um morador nos guiou por estradas de terra e, apesar de uma super volta, evitamos ficar parados 3h em fila. Segue o wikiloc desse caminho alternativo:  http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=13078633

domingo, 11 de setembro de 2016

Barulhos: Painel

Vou começar uma seção só sobre como resolver barulhos do Jimny ;-)

O primeiro barulho que vou atacar é o do painel. Uma espécie de nhec nhec agudo, causado pelo atrito entre as peças de plastico.

Temos dois jeitos de resolve-lo:

1. gambiarra: colocar um calço em um dos lados do painel. Nem precisa retira-lo. Solução imediata

Dispositivo de engenharia ultra moderno: papel dobrado

2. solução definitiva: retirar o painel, colar algum tipo de feltro ou fita isolante de tecido e coloca-lo de novo. É bem fácil retirar o painel, só desparafusar os dois parafusos da parte superior e puxar. 

Só dois parafusos para tirar a peça
Note o plastico gasto do atrito das peças. Ta ai a origem do barulho
Feltro (de por embaixo de sofá) para impedir o atrito

Estou documentando os barulhos que eu já resolvi. Porem, existe um tópico muito bom sobre barulhos do Jimny no forum 4x4: acesse aqui.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Pastilha de Freio Jimny

Na ultima revisão, pediram para trocar a pastilha de freio. Praticamente R$500, sendo R$110 de mão de obra.

Procurando na Internet, achei esse vídeo sobre como fazer a troca em português (alias, muito obrigado ao autor do vídeo). Veja, é bem fácil



Comprei o jogo de pastilha por R$60,00 na Suzucar e troquei eu mesmo. Caso você curta mexer no carro, você mesmo pode trocar. Senão é só levar no mecânico de sua confiança. Não leva mais de meia hora.

Aqui está a diferença entre a pastilha nova e usada

terça-feira, 28 de junho de 2016

Chapada Diamantina: Alto Caparaó até SP

dia 15 - 16 - 17
Serra das Três Cruzes
dia 15 - Barra Grande BA até Alto Caparaó SP

Na expedição fizemos várias burrices, mas essa foi a maior. 1000km separam as duas cidades. Bom, já tinha feito 1000km na viagem antes, de SP até Montes Claros. Foi sussa. Então achamos que seria tranquilo agora também, né?

Ledo engano. Saímos às 6 da manhã de Barra Grande e chegamos meia noite em Alto Caparaó. :-( Não paramos para almoçar (fomos comendo lanchinhos), só abastecemos quando estava na reserva (ainda bem que tinha o tanque de 20L no teto, que dava confiança em esticar os tempos entre as paradas).

Principais burrices que poderiam ter sido evitadas:

  • Esquecemos que a Bahia não estava no horário de verão. Perdemos 1h, devíamos ter saído 1h mais cedo para não chegar tão tarde em Caparaó (não tinha mais nada aberto quando chegamos)
  • Talvez devíamos ter dormido em uma cidade próxima e ter feito a parte final no dia seguinte.
  • Tentamos evitar a estrada de terra ruim da BR 030 na saída de Barra Grande, indo em direção a Taboquinha. Fizemos uma super volta e no fim pegamos mais 26km de terra novamente.
  • Viemos pela BR101 e só pegamos a BR116 perto das 15h (pela BR418). A BR116, por ter pedágios, afugenta os caminhões. Talvez devíamos ter vindo pela BR116 desde a Bahia.
  • De SP até Minas as estradas eram duplicadas. Da Bahia para Minas não. Gênio (auto reflexão), leve isso em consideração na hora de bolar itinerários.

Na verdade, nossa ideia inicial era parar em Itacaré e depois em Arraial d Ajuda na volta, de Arraial d Ajuda até Alto Caparaó seria mais tranquilo, mas não aproveitaríamos quase nada de Itacaré e Arraial. Por isso decidimos ir direto para Barra Grande e ficar um dia cheio lá. O que ganhamos no dia maravilhoso em Barra Grande nos foi cobrado nesse trajeto.

dia 16 - Alto Caparaó

Só tínhamos um dia em Alto Caparaó e o dia estava super fechado. Nossa ideia era procurar uma trilha pra fazer e conhecer mais da cidade para voltar com tempo.

Alto Caparaó é uma das portas de entrada para o Pico da Bandeira, o 3º mais alto do Brasil (farei um post sobre o Pico da Bandeira mais pra frente, pois pretendo acampar lá logo logo). A outra entrada fica no Espirito Santo, na cidade de Pedra Menina. 

Visitando o parque por ambos os lados, você encontra cachoeiras. Dá pra subir de carro até uma parte (normalmente perto das cachoeiras), mas para chegar ao pico precisa fazer um trekking. São 4km por Pedra Menina/ES (mais íngreme) e 6,5km por Alto Caparaó. É possível acampar no parque (no lado de Pedra Menina tem até churrasqueira) para subir de madrugada (saindo às 3h) e ver o nascer do sol lá de cima. A entrada do parque em jan/2016 era 15 reais e, para acampar, mais 6 reais.

As agências de turismo oferecem um passeio de jipe circundando o parque por estradas de terra, parando em algumas cachoeiras e num restaurante que dizem ser muito bom, o Tecno Truta (não fomos). Conseguimos uma mapa (que não ajudou muito) e fomos fazer parte do trecho.

Cachoeira do Chiador (chiar=escorregar, em "Mineirêis")


Na verdade, não é trilha, é passeio por estradas de terra. Fomos visitar a cachoeira do Chiador e ir para Pedra Menina pela Serra das Três Cruzes. Tinha chovido e a estrada estava bem escorregadia, mesmo com pneu MUD (infelizmente, não registramos o passeio no Wikiloc :(  ).

Depois disso, voltamos para Alto Caparaó pelo asfalto, jantamos e nos preparamos para o último dia.

Onde ficar:
  • Pousada Vale do Caparaó - ficamos aqui. Achei simples pelo preço, não tinha nada no frigobar (cheguei da viagem super com sede e não tinha nada decente pra tomar). Apesar disso, a recepcionista Adriana é muito gentil e quebrou vários galhos! 
Instalações do Acampamento dentro do Parque
  • Parque Nacional do Alto Caparaó - pode acampar, tanto pelo lado de MG quanto ES.
Onde comer:
  • Dona Nena - no caminho para a portaria do parque no ES, comida simples mas gostosa, preço super justo, mas o mais importante, donos super simpáticos. Muito gostoso ouvir os causos do pessoal da cidade. Tanto em Pedra Menina quanto em Espera Feliz o pessoal vai saber informar o caminho.
  • Vários cafés deliciosos, inclusive um na subida pro parque pelo lado de ES ganhador de prêmios
  • Tem restaurantes chiques em Alto Caparaó, na avenida principal
PS: Desculpem nos por não termos muitos detalhes, vamos voltar lá e complementaremos o post depois.

Dia 17 - Alto Caparaó - SP

Nada de especial. Saímos às 6h e chegamos em SP, depois de 17 dias de viagem, às 17h. 5200Km e muitas aventuras depois. Espero que as dicas, tracklogs, relatos e mapas, possam servir para quem, como nós, gosta de explorar as belezas do nosso país por conta própria.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Chapada Diamantina: Barra Grande / Península do Maraú

Desbravando a Península do Maraú
Dia 13 -14 - Barra Grande / Península do Maraú

Wikiloc (Trilha das Bromélias): http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=13687201
Atrações: Praia do Cassange, Lagoa Azul, Lagoa do Cassange, Farol de Taipu

Na volta para SP, resolvemos sair da chapada e passar em Barra Grande / BA.

Por que? Porque lá tem trilha para jipe \o/ além de ser um lugar lindo. Tem um site muito bom sobre a Península de Marau (onde fica Barra Grande): http://www.guiademarau.com.br/

Onde ficar: 

Pousada do Tortuga (tripadvisor): lugar bem ajeitado e com ótimo custo beneficio perto das demais pousadas de barra grande (bem caras). Café da manha fraquinho, mas de resto, tudo perfeito. Ótimos quartos, dono muito simpático, bem aconchegante.

Apesar do pouca variedade, o café da manhã
acontece quase com os pés na areia
 Onde comer:

A tapera: Um dos melhores restaurante da cidade no trip advisor. Tivemos que reservar no meio da tarde, deixando 100 reais já pagos. Comida muito boa, lugar bonito e aconchegante, preços de SP.

Bar da Rô: fica na ponta da península, onde o rio encontra o mar. Ótimo lugar para assistir o por do sol. Para comer, vão enfiar a faca. Tem consumação minima de 100 reais por pessoa O.o (não nos foi cobrado porque fomos no fim da tarde, depois do almoço). Oferece pratica de Stand Up Paddle no rio.

Dia 13 - Ibicoara até Barra Grande

Saímos de Ibicoara bem cedinho (6:00). Tome cuidado, porque o Google Maps nos mandou pela estrada do buracão e isso significou quase 100km de estrada de terra logo no começo da viagem.

A pior parte é a BR-030. Quando fomos, eles estavam trabalhando na recuperação, mas tem uma parte muito ruim. (tão ruim que por vezes a marcha desengatou do carro de tanto pula-pula)

Clique para ampliar o mapa. Coloquei meu chute de como evitar a parte
muito ruim da BR-030.
No mapa acima, sugiro um desvio para evitar a parte ruim da BR-030. O governo estava arrumando a pista, pode ser que esteja melhor. Se informe nos postos das cidades no caminho. Esse desvio leva para Camamu, cidade que dispõe de estacionamento para seu carro de passeio e serviço de barco até Barra Grande,  para quem tem 4x2 e não quer judiar do carro no caminho.

Chegamos perto da 13:00, descarregamos e fomos a pé, pela praia, na ponta do Muta, um lugar cheio de restaurantes a beira-mar. Almoçamos bem, tiramos umas sonecas e vimos o por do sol na praia.

Fim de Tarde na Ponta do Mutá
Dia 14 - Barra Grande


Visitando a Lagoa Azul! 
Wikiloc (Trilha das Bromélias): http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=13687201

Esse dia teve trilha \o/, a trilha das bromélias. Antes de seguir para a trilha, fomos atras de espetinhos de churrascos para fazermos um mini churras na hora do almoço. Que dificuldade achar espetinho, não tinha nos 3 maiores mercados da cidade nem nos açougues, compramos os palitos no supermercado, pedimos pro açougueiro cortar as carnes em cubos e fizemos nós mesmos



A trilha das bromélias nos leva, por estradas de areião, para praias desertas e para duas grandes lagoas, a lagoa Azul e a lagoa do Cassange. É necessário 4x4, vi alguns 4x2 atolados e muitas pessoas alugam quadriciclos para visitar o local

A primeira parada foi a Praia do Cassange, foto da abertura do post. Praia praticamente deserta devido ao difícil acesso. Mais a frente, encontra-se a Lagoa Azul, ótima para um banho. Tem um quiosque que vende bebidas. (foto acima)


Lagoa do Cassange, vista do nosso picnic
Saindo da Lagoa Azul, rumamos para a Lagoa do Cassange, imensa. É possível achar um cantinho para fazer um picnic a beira da lagoa.

Da-lhe churrasco na beira da lagoa
Já voltando para Barra Grande, ao lado da BR-030, dá para subir no farol e checar pelo mirante todo o caminho que você percorreu.

Após a trilha, fomos conhecer Taipu de Fora (não está no wikiloc, mas é só seguir as placas, não é trilha), tida como uma das mais belas praia do Brasil, principalmente pelas piscinas naturais formadas sobre as rochas na praia. Como a maré estava alta, não conseguimos ver esse fenômeno.  :-(

Terminamos a tarde vendo o por do sol no bar da rô, na ponta da península, e a noite jantamos no "a Tapera". No dia seguinte, rumo a Alto Caparaó/MG, nossa ultima parada antes de chegar em SP.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Chapada Diamantina: Ibicoara (Cachoeira do Buracão)

índice dos posts da  expedição - clique aqui

Buracão - Imperdível - Fonte: http://chapadatrekking.blogspot.com.br/
Dia 12 - Ibicoara – Cachoeira do Buracão

Nossa última parada na chapada diamantina, fomos a Ibicoara para visitar a cachoeira do buracão, uma das atrações mais sensacionais da chapada. Escolhemos Ibicoara para fechar nosso passeio por ser a cidade mais ao sul da chapada, já no caminho para volta.

Onde ficar: Pousada Kabana de Pedra (tripadvisor) – dos mesmos donos do ótimo restaurante de Andaraí, a pousada é ótima. O restaurante da pousada tem o mesmo (e suculento) cardápio do restaurante em Andaraí.

Flutuando entre os canions
Cachoeira do Buracão – essa atração é municipal e só entra com guia. A pousada te auxiliará na contratação do mesmo (cerca de 100 reais em jan 2016). A estrada para chegar a cachoeira é de terra (26km) e se não estiver chovendo, é possível ser percorrida com carros de passeio (o caminho não tem muito segredo, mas o guia poderá te auxiliar – não precisa de tracklog)

Uma vez no parque (6 reais para entrar), do estacionamento até a cachoeira você leva em média 1 hora. A trilha é leve, com poucas subidas e decidas íngremes.  No caminho, passamos por cachoeiras menores, mas a verdadeira atração fica no fim.

Depois de vestidos os coletes salva vidas, entramos nas aguas de uma espécie de baia, entre paredões de pedra, para ir flutuando entre cânions (a distância das paredes varia de 60 a 6m!) até chegar no buracão, que é uma “clareira” no meio dos cânions onde a cachoeira desagua. A força da cachoeira batendo nos paredões produzem ondas e spray, dando a impressão que as condições são bem adversas (me imaginei como um naufrago).

A cachoeira é linda e o visual encanta. Nada como visitar pessoalmente.


Flutuando no Mirante
Mirante do Campo Redondo - Na volta, nosso guia nos levou até o mirante do campo redondo. Lugar muito bonito e que proporciona lindas fotos, como a foto logo acima.

Você pode emendar outra atração, como a cachoeira do licorí, no mesmo dia. Ibicoara também possui a cachoeira da fumacinha, mas essa tem uma trilha mais pesada. Estávamos cansados e fizemos só a cachoeira do buracão.

Estamos chegando no fim dos posts sobre a expedição Chapada Diamantina. Na volta para São Paulo, temos ainda duas paradas. Barra Grande e Alto Caparaó, assuntos dos próximos posts.

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