quarta-feira, 27 de abril de 2016

Chapada Diamantina - Andaraí

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Andaraí - explorando os caminhos perto das pontes


Dia 2 - chegada em Andaraí


Chegamos cansados no meio da tarde e fomos nos preparar para os passeios do dia seguinte, Poço Azul e Poço Encantado.


DICA - se planeje com antecedência sobre como chegar nas atrações


diferente de muitos lugares no Brasil, o turismo na chapada não é auto-guiado. Os guias destroem as placas para atrativos que claramente seriam feitos sem guia (existem passeios que o guia é necessários, mas não são todos). Além disso, os locais não se esforçam para ajudar. Procure antes de ir os trajetos (ex: google maps, wikiloc) para não perder tempo atras de direções. E, como disse na parte de preparação, baixe os mapas offline da Bahia tanto no wikiloc quanto no gmaps.

ONDE FICAR: 


Ficamos na Pousada Sincorá. Café da manha delicioso. Recomendo a pousada.



COMER:


Jantamos no Kabana de Pedra (tripadvisor), ótimo restaurante (mesmo! veja os comentários no tripadvisor), que fica na estrada, entre as duas entradas de Andaraí. Recomendamos! Prato que mais gostamos (sim, fomos mais de uma vez): arroz de garimpeiro (baseado nos costumes locais). Uma delicia.


Dia 3 - poço azul e poço encantado (bonus: Marimbus)

COMO CHEGAR:


Poço Encantado - fonte: http://coconomato.com.br/
Acordamos cedo e fomos para o poço encantado. A maior parte da estrada é asfaltada e somente o finalzinho é de terra. A atração é paga (20 reais por pessoa em janeiro/2016) e inclui um guia do local para acompanhar a visita. O poço é muito bonito e, como fomos cedinho, visitamos sozinhos e pudemos relaxar contemplando em silencio a beleza do local. Não é possível nadar no poço.

Poço Azul - fonte: http://lifefoodtravel.com/
Saindo do poço encantado e fomos para o poço azul, cortando caminho pelas estradas de terra (veja abaixo diferença entre o caminho que fizemos e o sugerido pelo google maps). Pertinho do poço azul, tem uma travessia de rio que, para 4x4 é mamão com açúcar (caso o rio esteja muito cheio, tem balsa paga. Carros de passeio podem passar pela balsa. No pior dos casos, você pode deixar o carro do outro lado do rio e ir o restante a pé, é bem perto). Esse poço é bem concorrido (pelo menos em janeiro era) pois é possível fazer flutuação nas águas de temperatura amena e água cristalina, o que potencializa a visibilidade dos mais de 50m de profundidade. Existe um restaurante e uma lanchonete no local e aproveitamos o tempo de espera para almoçar (comida boa). A visita também é paga (30 reais em janeiro de 2016) e já inclui o aluguel do equipamento de flutuação.

De abril a inicio de setembro é possível contemplar o feixe de luz direto nas águas do poço (como nas fotos) perto da hora do almoço (em uma janela de 2 a 3 horas perto do meio dia). Para saber mais sobre a atração e os horários do feixe, acesse http://www.guiachapadadiamantina.com.br/pocos-azul-e-encantado/


Passeio de barco no pantanal Marimbus para finalizar o dia
Na volta, resolvemos parar para fazer um passeio no pantanal Marimbus, que estava fora de nossos planos. O valor é de 20 reais por pessoa e inclui um passeio de barco pelo pantanal e uma parada para banho no leito do rio. A água estava quentinha e foi ótimo para relaxar no fim de um dia cheio de belezas naturais e estradas de terra.

Chapada Diamantina: SP -> Bahia (1800km, 2 dias)

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Vou tentar ser bem direto nesse post. A ida não teve nada de mais, só  estrada e posto para reabastecer.

  • Dia 1: SP -> Minas (1100km)

Muito tranquila essa perna de viagem. Saímos as 6h da manhã e chegamos as 19h no hotel em Montes Claros

Fomos pela Fernão Dias e ela vai duplicada quase que todo o caminho. Reservamos o hotel (Intercity) da estrada, no dia. O hotel era nível Íbis, para negócios, bem funcional e confortável. Tinha café da manhã mas saímos no dia seguinte bem cedo, então não provamos (as vezes vale a pena ficar no Íbis, se for mais barato, pq não tem café da manhã). Não saímos a noite, estávamos bem cansados. Almoçamos na estrada, em um Graal. Todas as paradas em postos foram sem pressa e o almoço foi tranquilo (totalmente diferente da pernada de 1100km da volta, que vou tratar em um post mais pra frente)

  • Dia 2: Minas -> Bahia (Andaraí, Chapada Diamantina)

Acordamos cedo e fomos em direção a chapada. As estradas da Bahia são bem piores que as de Minas, todas pistas simples e com bastante caminhões.

Dica: cuidado com o google maps (ou seu GPS)

O google maps estava com um rota que diferia do que vimos no site da cidade de Lençóis.  O ponto que os caminhos bifurcavam-se era na cidade Caetité. Paramos no posto e o frentista nos disse que podíamos seguir o caminho do google maps, que era de terra mas economizava KMs e fácil de passar com o Jimny. Olha, estradas de terra nos passeios são uma delicia, mas quando você vai viajar 700km num dia e viajou 1100km no anterior, esse caminho se torna bem cansativo, Além disso, vimos só depois que, no caminho de terra, tinham cachoeiras e outras atrações que passamos batido. Deveríamos ter ido em direção a Brumadinho pelo asfalto e deixo aqui essa dica. Chegamos na Chapada Diamantina, em Andaraí, lá pelas 14:00 \o/. A partir dai, é assunto para o próximo post!


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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Chapada Diamantina: Preparação (2ª parte - viagem)

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No post anterior, falamos sobre o que preparamos no carro. Como a partir dos relatos, alguém pode se interessar em fazer o mesmo itinerário e passeios, segue os itens que preparamos para nos ajudar durante a viagem
  • Bastão de trekking (extremamente úteis para não ferrar o joelho)
  • Camel Bag (+ mochila de ataque para trilhas com suporte para camel bag)
  • Barraca, saco de dormir e colchão de ar (usamos em uma ocasião por opção nossa, mas sempre é bom ter quando não se faz reservas)
  • Canivete, saca rolha + abridor de garrafa, fósforo
  • Mini-Farmácia + Primeiros Socorros
  • Bota de Trekking (muito importante para as trilhas a pé)
  • Churrasqueira portátil + carvão + acendedor de churrasqueira (hehe)
  • Garrafa térmica para água gelada
  • Cooler para Garrafas (é difícil achar gelo no interior da Bahia :-( )
  • Download de mapas offline das regiões visitadas (google maps e wikiloc)
  • Máquina fotográfica e Tripé
  • Camisetas Drifit e Calças leves 
  • Lanterna (de preferencia de cabeça)
  • Capa de chuva (pra vc e pra mochila de trilha)
  • Boné ou chapéu (de preferência que proteja o pescoço)
  • Power Banks 
  • Repelente (tomar complexo B? Nós tomamos) e Protetor Solar 
Depois desse checklist, é só pegar bastante disposição e cair na estrada :-)

OBS: qualquer duvida sobre os itens, pergunte nos comentários

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Chapada Diamantina: Preparação (1ª parte - carro)

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Planejamento (1ª parte - carro)

Antes da viagem, planejamos quais cidades seriam visitadas, qual seria nossa rota rodoviária, quais lugares que precisávamos reservar pousada (queríamos deixar o aberto as reservas o máximo possível). Essa parte do planejamento vocês podem ver ao longo do relato nos próximos posts.

Acessórios e ajustes para o carro

O que arrumamos para o carro e quão útil esses item se mostraram ao longo da viagem.

Galão e bagageiro
  • Galão de combustível: (veja nesse post os detalhes sobre o tanque de combustível sobressalente) . Compramos um tanque militar de combustível de 20 litros da marca Bremen. Por que? O Jimny tem um tanque de 40 litros, e com consumo com ar condicionado e pneu mud rodando em volta de 8-9km/l, o carro tinha autonomia para cerca de 350km. Para não perder tempo parando muito em postos e, principalmente, para o caso de sair de um passeio e ir para outro e evitar ter q passar em alguma cidade só para abastecer (perdendo tempo), achamos melhor garantir levando o galão extra. Nós chegamos a usar na viagem? Não (ufa!). Mas em algumas horas, por pouco não tivemos que usar (ex: uma cidade da Bahia estava com falta de gasolina em todos os postos - dois) e, além disso, o tanque garantiu tranquilidade quanto a autonomia em KMs 
  • Bagageiro: decidimos levar o tanque no bagageiro de teto e por isso compramos um bagageiro com fechamento. Além disso, pensamos que se quissemos trazer algo grande lá da Bahia, seria em cima do carro rs rs No fim, usamos só para amarrar o galão. A marca comprada foi na NewTrack e notei que ele deslizou pra frente durante a viagem (não sei se foi por causa do tipo de trava, ou pq eu prendi errado ou se realmente sacolegei demais)

  • Alça para rede/elástico no porta malas: com um cinto velho, alguns rebites e bucha para gesso, é possível criar algumas alças para prender bagagem no porta malas, usando redes ou elásticos. Tem um PDF com passo a passo nesse post do fórum 4x4Brasil. FOI MUITO ÚTIL

  • Elásticos: talvez o item mais útil dos acessórios. Ajudou a prender a bagagem nos bancos de trás, a fazer varal dentro do carro e nas pousada, a prender melhor o galão, enfim. Levamos uns 9 elásticos.
  • WD e SilverTape: Lei fundamental da engenharia, se está solto, prende com silvertape. Se esta preso, solte com WD. Usamos WD no cabo da embreagem depois de alagados e a silvertape para prender o paralama da caixa de roda, que caiu hehe

  • Compressor de Ar e medidor de pressão do pneu: ganhamos o compressor de natal do sogrão, alimentado pela tomada de 12v de acendedor de cigarro do carro. Nós usamos para encher um pneu que murchou depois de ficar quatro dias parado (esperando a gente voltar de um trekking). O medidor de pressão, compramos um bem barato no ebay (4 reais) e foi útil para ver se os pneus estavam perdendo pressão rapidamente. (esse aqui)  
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Expedição Chapada Diamantina (5200km, 17 dias em 11 posts)

Chapada Diamantina. Fonte: http://www.guiaviajarmelhor.com

No mês de janeiro, fizemos nossa primeira grande viagem com o jipinho.

Foram 5200km percorridos do dia 02/01 até 18/01. Eu e minha esposa vamos postar nosso itinerário, trechos que mapeamos no wikiloc, dicas, etc, que podem ajudar pessoas, jipeiros ou não, a explorar a chapada.

Antes de mais nada, foi uma ótima decisão ir de jipinho. Fizemos algumas trilhas, andamos por muita estrada de terra, usamos o carro como ponto de apoio para passeios, enfim, foi ótimo.

Abaixamos os dois bancos de passageiros e usamos caixas, malas, lona e elásticos para acomodar tudo. Até varal montamos no Jimny. (veja mais no post sobre a preparação)

varal e amarração da bagagem :-) santo elástico "aranha" batman!
Vamos dividir o material dessa forma (índice rápido - clique no link):
Trilhas feitas:
  • Trilha do Roncador (BA - na Chapada Diamantina, entre Lençóis e Andaraí) (aqui)
  • Trilha das Bromélias (BA - na Península do Maraú) (aqui)
  • "Trilha" da cachoeira do Chiador (MG - Alto Caparaó)

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Trilha das Águas e da Placa


Tipo (?):trilha 
Dificuldade 4x4:médio/dificil
KMs (ida):~30
Cachoeiras:1*
Travessia de Rio:0
-> Wikiloc:aqui
Mãe natureza dando luz a um Jimny
Finalmente "fiz" a famosa trilha das águas e placa. É uma trilha que exige do carro e frequentemente surpreende o jipeiro com obstáculos que a primeira vista parecem inofensivos mas normalmente travam o jipe. Por isso, não faça essa trilha sozinho!

E da-lhe atoleiro na trilha das águas.
Não fizemos a trilha da água toda, só um pedaço (o mais light). Mesmo assim, atolamos algumas vezes, mesmo com pneu MUD na maioria dos carros, inclusive um dos Jimnys tinha pneu mais largo e lift.

Foto do pessoal que foi no domingo. Eu AINDA não cheguei lá.
Já na placa, ao invés de irmos pela cachoeira, fomos pelo outro lado. Chegamos varias vezes em lugares impossíveis de continuar e quando finalmente chegamos ao pé da placa, a subida estava com tantas erosões que foi inviável subir. No dia seguinte, uma outra turma subiu pela cachoeira* e conseguiu chegar na placa (foto do post e wikiloc são dessa turma)

* como não subi pela cachoeira, não sei se ela é legal, se vale a pena entrar na água, essas coisas

FERRAMENTAS: leve todas as ferramentas que já comentamos no blog. Pá, picareta (foi muito útil), cinta, manilha, facão, machado, etc. Guincho não é essencial, mas ajuda. Talvez conseguiríamos ter subido na placa se todos possuíssem guincho.

Resumindo, vamos voltar para conquistar a placa!