terça-feira, 28 de junho de 2016

Chapada Diamantina: Alto Caparaó até SP

dia 15 - 16 - 17
Serra das Três Cruzes
dia 15 - Barra Grande BA até Alto Caparaó SP

Na expedição fizemos várias burrices, mas essa foi a maior. 1000km separam as duas cidades. Bom, já tinha feito 1000km na viagem antes, de SP até Montes Claros. Foi sussa. Então achamos que seria tranquilo agora também, né?

Ledo engano. Saímos às 6 da manhã de Barra Grande e chegamos meia noite em Alto Caparaó. :-( Não paramos para almoçar (fomos comendo lanchinhos), só abastecemos quando estava na reserva (ainda bem que tinha o tanque de 20L no teto, que dava confiança em esticar os tempos entre as paradas).

Principais burrices que poderiam ter sido evitadas:

  • Esquecemos que a Bahia não estava no horário de verão. Perdemos 1h, devíamos ter saído 1h mais cedo para não chegar tão tarde em Caparaó (não tinha mais nada aberto quando chegamos)
  • Talvez devíamos ter dormido em uma cidade próxima e ter feito a parte final no dia seguinte.
  • Tentamos evitar a estrada de terra ruim da BR 030 na saída de Barra Grande, indo em direção a Taboquinha. Fizemos uma super volta e no fim pegamos mais 26km de terra novamente.
  • Viemos pela BR101 e só pegamos a BR116 perto das 15h (pela BR418). A BR116, por ter pedágios, afugenta os caminhões. Talvez devíamos ter vindo pela BR116 desde a Bahia.
  • De SP até Minas as estradas eram duplicadas. Da Bahia para Minas não. Gênio (auto reflexão), leve isso em consideração na hora de bolar itinerários.

Na verdade, nossa ideia inicial era parar em Itacaré e depois em Arraial d Ajuda na volta, de Arraial d Ajuda até Alto Caparaó seria mais tranquilo, mas não aproveitaríamos quase nada de Itacaré e Arraial. Por isso decidimos ir direto para Barra Grande e ficar um dia cheio lá. O que ganhamos no dia maravilhoso em Barra Grande nos foi cobrado nesse trajeto.

dia 16 - Alto Caparaó

Só tínhamos um dia em Alto Caparaó e o dia estava super fechado. Nossa ideia era procurar uma trilha pra fazer e conhecer mais da cidade para voltar com tempo.

Alto Caparaó é uma das portas de entrada para o Pico da Bandeira, o 3º mais alto do Brasil (farei um post sobre o Pico da Bandeira mais pra frente, pois pretendo acampar lá logo logo). A outra entrada fica no Espirito Santo, na cidade de Pedra Menina. 

Visitando o parque por ambos os lados, você encontra cachoeiras. Dá pra subir de carro até uma parte (normalmente perto das cachoeiras), mas para chegar ao pico precisa fazer um trekking. São 4km por Pedra Menina/ES (mais íngreme) e 6,5km por Alto Caparaó. É possível acampar no parque (no lado de Pedra Menina tem até churrasqueira) para subir de madrugada (saindo às 3h) e ver o nascer do sol lá de cima. A entrada do parque em jan/2016 era 15 reais e, para acampar, mais 6 reais.

As agências de turismo oferecem um passeio de jipe circundando o parque por estradas de terra, parando em algumas cachoeiras e num restaurante que dizem ser muito bom, o Tecno Truta (não fomos). Conseguimos uma mapa (que não ajudou muito) e fomos fazer parte do trecho.

Cachoeira do Chiador (chiar=escorregar, em "Mineirêis")


Na verdade, não é trilha, é passeio por estradas de terra. Fomos visitar a cachoeira do Chiador e ir para Pedra Menina pela Serra das Três Cruzes. Tinha chovido e a estrada estava bem escorregadia, mesmo com pneu MUD (infelizmente, não registramos o passeio no Wikiloc :(  ).

Depois disso, voltamos para Alto Caparaó pelo asfalto, jantamos e nos preparamos para o último dia.

Onde ficar:
  • Pousada Vale do Caparaó - ficamos aqui. Achei simples pelo preço, não tinha nada no frigobar (cheguei da viagem super com sede e não tinha nada decente pra tomar). Apesar disso, a recepcionista Adriana é muito gentil e quebrou vários galhos! 
Instalações do Acampamento dentro do Parque
  • Parque Nacional do Alto Caparaó - pode acampar, tanto pelo lado de MG quanto ES.
Onde comer:
  • Dona Nena - no caminho para a portaria do parque no ES, comida simples mas gostosa, preço super justo, mas o mais importante, donos super simpáticos. Muito gostoso ouvir os causos do pessoal da cidade. Tanto em Pedra Menina quanto em Espera Feliz o pessoal vai saber informar o caminho.
  • Vários cafés deliciosos, inclusive um na subida pro parque pelo lado de ES ganhador de prêmios
  • Tem restaurantes chiques em Alto Caparaó, na avenida principal
PS: Desculpem nos por não termos muitos detalhes, vamos voltar lá e complementaremos o post depois.

Dia 17 - Alto Caparaó - SP

Nada de especial. Saímos às 6h e chegamos em SP, depois de 17 dias de viagem, às 17h. 5200Km e muitas aventuras depois. Espero que as dicas, tracklogs, relatos e mapas, possam servir para quem, como nós, gosta de explorar as belezas do nosso país por conta própria.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Chapada Diamantina: Barra Grande / Península do Maraú

Desbravando a Península do Maraú
Dia 13 -14 - Barra Grande / Península do Maraú

Wikiloc (Trilha das Bromélias): http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=13687201
Atrações: Praia do Cassange, Lagoa Azul, Lagoa do Cassange, Farol de Taipu

Na volta para SP, resolvemos sair da chapada e passar em Barra Grande / BA.

Por que? Porque lá tem trilha para jipe \o/ além de ser um lugar lindo. Tem um site muito bom sobre a Península de Marau (onde fica Barra Grande): http://www.guiademarau.com.br/

Onde ficar: 

Pousada do Tortuga (tripadvisor): lugar bem ajeitado e com ótimo custo beneficio perto das demais pousadas de barra grande (bem caras). Café da manha fraquinho, mas de resto, tudo perfeito. Ótimos quartos, dono muito simpático, bem aconchegante.

Apesar do pouca variedade, o café da manhã
acontece quase com os pés na areia
 Onde comer:

A tapera: Um dos melhores restaurante da cidade no trip advisor. Tivemos que reservar no meio da tarde, deixando 100 reais já pagos. Comida muito boa, lugar bonito e aconchegante, preços de SP.

Bar da Rô: fica na ponta da península, onde o rio encontra o mar. Ótimo lugar para assistir o por do sol. Para comer, vão enfiar a faca. Tem consumação minima de 100 reais por pessoa O.o (não nos foi cobrado porque fomos no fim da tarde, depois do almoço). Oferece pratica de Stand Up Paddle no rio.

Dia 13 - Ibicoara até Barra Grande

Saímos de Ibicoara bem cedinho (6:00). Tome cuidado, porque o Google Maps nos mandou pela estrada do buracão e isso significou quase 100km de estrada de terra logo no começo da viagem.

A pior parte é a BR-030. Quando fomos, eles estavam trabalhando na recuperação, mas tem uma parte muito ruim. (tão ruim que por vezes a marcha desengatou do carro de tanto pula-pula)

Clique para ampliar o mapa. Coloquei meu chute de como evitar a parte
muito ruim da BR-030.
No mapa acima, sugiro um desvio para evitar a parte ruim da BR-030. O governo estava arrumando a pista, pode ser que esteja melhor. Se informe nos postos das cidades no caminho. Esse desvio leva para Camamu, cidade que dispõe de estacionamento para seu carro de passeio e serviço de barco até Barra Grande,  para quem tem 4x2 e não quer judiar do carro no caminho.

Chegamos perto da 13:00, descarregamos e fomos a pé, pela praia, na ponta do Muta, um lugar cheio de restaurantes a beira-mar. Almoçamos bem, tiramos umas sonecas e vimos o por do sol na praia.

Fim de Tarde na Ponta do Mutá
Dia 14 - Barra Grande


Visitando a Lagoa Azul! 
Wikiloc (Trilha das Bromélias): http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=13687201

Esse dia teve trilha \o/, a trilha das bromélias. Antes de seguir para a trilha, fomos atras de espetinhos de churrascos para fazermos um mini churras na hora do almoço. Que dificuldade achar espetinho, não tinha nos 3 maiores mercados da cidade nem nos açougues, compramos os palitos no supermercado, pedimos pro açougueiro cortar as carnes em cubos e fizemos nós mesmos



A trilha das bromélias nos leva, por estradas de areião, para praias desertas e para duas grandes lagoas, a lagoa Azul e a lagoa do Cassange. É necessário 4x4, vi alguns 4x2 atolados e muitas pessoas alugam quadriciclos para visitar o local

A primeira parada foi a Praia do Cassange, foto da abertura do post. Praia praticamente deserta devido ao difícil acesso. Mais a frente, encontra-se a Lagoa Azul, ótima para um banho. Tem um quiosque que vende bebidas. (foto acima)


Lagoa do Cassange, vista do nosso picnic
Saindo da Lagoa Azul, rumamos para a Lagoa do Cassange, imensa. É possível achar um cantinho para fazer um picnic a beira da lagoa.

Da-lhe churrasco na beira da lagoa
Já voltando para Barra Grande, ao lado da BR-030, dá para subir no farol e checar pelo mirante todo o caminho que você percorreu.

Após a trilha, fomos conhecer Taipu de Fora (não está no wikiloc, mas é só seguir as placas, não é trilha), tida como uma das mais belas praia do Brasil, principalmente pelas piscinas naturais formadas sobre as rochas na praia. Como a maré estava alta, não conseguimos ver esse fenômeno.  :-(

Terminamos a tarde vendo o por do sol no bar da rô, na ponta da península, e a noite jantamos no "a Tapera". No dia seguinte, rumo a Alto Caparaó/MG, nossa ultima parada antes de chegar em SP.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Chapada Diamantina: Ibicoara (Cachoeira do Buracão)

índice dos posts da  expedição - clique aqui

Buracão - Imperdível - Fonte: http://chapadatrekking.blogspot.com.br/
Dia 12 - Ibicoara – Cachoeira do Buracão

Nossa última parada na chapada diamantina, fomos a Ibicoara para visitar a cachoeira do buracão, uma das atrações mais sensacionais da chapada. Escolhemos Ibicoara para fechar nosso passeio por ser a cidade mais ao sul da chapada, já no caminho para volta.

Onde ficar: Pousada Kabana de Pedra (tripadvisor) – dos mesmos donos do ótimo restaurante de Andaraí, a pousada é ótima. O restaurante da pousada tem o mesmo (e suculento) cardápio do restaurante em Andaraí.

Flutuando entre os canions
Cachoeira do Buracão – essa atração é municipal e só entra com guia. A pousada te auxiliará na contratação do mesmo (cerca de 100 reais em jan 2016). A estrada para chegar a cachoeira é de terra (26km) e se não estiver chovendo, é possível ser percorrida com carros de passeio (o caminho não tem muito segredo, mas o guia poderá te auxiliar – não precisa de tracklog)

Uma vez no parque (6 reais para entrar), do estacionamento até a cachoeira você leva em média 1 hora. A trilha é leve, com poucas subidas e decidas íngremes.  No caminho, passamos por cachoeiras menores, mas a verdadeira atração fica no fim.

Depois de vestidos os coletes salva vidas, entramos nas aguas de uma espécie de baia, entre paredões de pedra, para ir flutuando entre cânions (a distância das paredes varia de 60 a 6m!) até chegar no buracão, que é uma “clareira” no meio dos cânions onde a cachoeira desagua. A força da cachoeira batendo nos paredões produzem ondas e spray, dando a impressão que as condições são bem adversas (me imaginei como um naufrago).

A cachoeira é linda e o visual encanta. Nada como visitar pessoalmente.


Flutuando no Mirante
Mirante do Campo Redondo - Na volta, nosso guia nos levou até o mirante do campo redondo. Lugar muito bonito e que proporciona lindas fotos, como a foto logo acima.

Você pode emendar outra atração, como a cachoeira do licorí, no mesmo dia. Ibicoara também possui a cachoeira da fumacinha, mas essa tem uma trilha mais pesada. Estávamos cansados e fizemos só a cachoeira do buracão.

Estamos chegando no fim dos posts sobre a expedição Chapada Diamantina. Na volta para São Paulo, temos ainda duas paradas. Barra Grande e Alto Caparaó, assuntos dos próximos posts.

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