domingo, 30 de outubro de 2016

Expedição Chapadas: C. dos Guimarães

SP até Chapada dos Guimarães - 1600km
índice da expedição aqui

Nossa meta era fazer cerca de 1000km por dia, logo essa perna teria que ser dividida em duas. Usamos uma estratégia que, toda vez ao parar para abastecer o tanque, a gente alternava no volante. Tinhamos que escolher uma cidade para parar e escolhemos acampar no parque Nacional das Emas em Chapadão do Céu - GO.

Acampar no parque - experiência unica
Parque Nacional das Emas (1053km)

Estrada: Estradas esburacadas entre Cassilândia e Chapadão do Sul. (Sim, existe Chapadão do Céu e do Sul)

Onde ficar: no proprio parque

Não conseguimos aproveitar bem o parque, já que foi praticamente um pitstop. Mas foi um dos lugares mais impressionantes que acampamos, ótima abertura de viagem. O parque é bastante visitado por observadores de pássaros e turmas universitárias de biologia. É preciso comprar tickets para acampar/visitar o parque no site do ICMBIO. O parque fecha 18:00, então é importante sair bem cedo de SP.  A área de camping fica 6km para dentro do parque, é cercada por causa dos animais selvagens e, amigo, a noite ouvimos uma orquestra de barulhos selvagens. Estava sem lua e as estrelas estavam um espetáculo a parte, dando para ver inclusive as manchas da via láctea.

Estrada para a Chapada - Araras everywhere
Chapada dos Guimarães (505km) 

Estrada: Muitos buracos entre Chapadão até Mato Grosso. Tem uma serra muito bonita mó caminho por MT e não é raro ver Araras voando pelo céu. Depois de Rondonópolis, a pista é duplicada.

Onde ficar: hostel da Manu (site) - ficamos na casa da Manu. Ela é muito gente boa, acelerada, e foi nossa guia tb em alguns passeios. Único detalhe, que não incomodou a gente mas pode incomodar outras pessoas é o fato do único banheiro da casa ser compartilhado entre os 4 quartos da casa. Ah, da para ir a pé até o centro, é bem perto.

O que fazer:  ficamos 3 dias cheios e fizemos os seguintes passeios: (todos precisam de guia e é caro, em média R$100,00 por pessoa - caso você tenha o carro para chegar nos lugares)

Cidade das Pedras
Cidade das Pedras (4x4 necessário)
Fizemos Cidade das Pedras e Rio Claro no mesmo dia. Acesso aos mirantes da chapada, com vista deslumbrante para a parte interna do parque. As estradas são de areia fofa, por isso a necessidade do 4x4.

Crista de Galo - Vale do Rio Claro
Vale do Rio Claro (4x4 necessário)
Se estiver de 4x4, dá pra fazer o Vale do Rio Claro no mesmo dia da Cidade de Pedra (erosões e travessia de rio \o/). Caso contrario, tem que estacionar longe e andar 5km a pé. Se na cidade das pedras a gente vê a chapada por cima, aqui a gente ve por baixo. É aqui que você conhece a formação Crista de Galo e depois termina nadando em dois poços no rio Claro.



Caverna Aroe Jari
Visitamos uma gruta gigantesca com 1.550 metros de extensão, a maior do Brasil. Além disso, visitamos a Caverna Kiogo Brado, com entrada de cerca de 30 metros de altura, e que é possível atravessa-la saindo pelo outro lado.  Tivemos que usar pederneiras por causa das cobras (não vimos nenhuma) e as trilhas são um pouco longas.


Circuitos das Cachoeiras
Caminhada de 9km que passa por 7 cachoeiras, com parada para banho na maioria delas. Passeio dura em média 6 horas.

Expedição Chapadas - 9000km, 11 estados, 21 dias

Pé na estrada \o/
Está chegando perto do fim do ano e muitos de nós pensamos em roteiros de férias. Por isso, vou em poucos posts descrever a jornada que eu, um amigo e o Jimny amarelo ;-) fizemos em julho de 2016 (alias, muitos recomendam ir no inverno para a maioria dos lugares, pois chove pouco nessa época).

Nosso roteiro foi:
  •  Chapada dos Guimarães (link)
  •  Chapada dos Veadeiros (link)
  •  Chapada das Mesas (link)
  •  Serra da Capivara (link)
  •  Chapada Diamantina (link)
  •  Alto Caparaó
  •  Serra da Bocaina
Mapa do trajeto
Números:

KM - Foram 9432km percorridos em 21 dias.

$$$ -  sempre me perguntam dos custos. Entre combustível, estadia, guias/passeios, comida, gastamos R$6600,00* (que foi dividido em dois), sendo que R$4127,00 foram com combustível. Como vocês vão ver, alternamos pousadas com campings. (* não inclui chapada dos Guimarães, pq nesse passeio as esposas nos acompanharam)

Estados - passamos em 11 estados O.o - São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goias, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piaui, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro

Espero que gostem. Qualquer duvida, coloquem no comentário.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Trilha do Túnel em Alumínio


Tipo (?):trilha 
Dificuldade 4x4:fácil/médio
KMs (ida):~77
Condição:Seco
Cachoeiras:0
Travessia de Rio:0
-> Wikiloc:aqui


Essas trilha em Alumínio foi bem marcante. Ela tem de tudo, erosão, trilho de trem, túnel, lama, represa, etc. Foi bem desafiadora, mas mais importante, de aprendizado (por que aconteceram alguns probleminhas).


Depois de passar pela linha do trem (cuidado, o trem ainda passa por lá), chegamos ao túnel. Tentei passar subindo na zaida, mas não consegui. Tentei três vezes e meu pé começou a ficar gelado. Quando percebi, estava entrando lama dentro do carro O.o Veja o vídeo gravado pelo meu "valente" zequinha, Thiago Grande. Parte da lama que entrou no carro pode ter sido de origem duvidosa rs rs.


Subir o túnel não foi uma boa escolha, o terreno logo abaixo parecia um mousse. Deveríamos ter feito o trajeto ao contrario, descendo pelo túnel (inclusive, pessoas já disseram em grupos de jipeiros que conseguiram passar descendo ao invés de subindo).


Ficar encalhado na lama, indo e voltando, ferrou com algumas coisas no carro (eu e o Rodrigo que tentamos). O freio ficou raspando na roda por um tempo, a embreagem travou (sujeira no cabo), a lama no trambulador fez o cambio ranger, o tapete precisou ser lavado e trocado a espuma (no fim, troquei para o interior lavável). No fim, consegui recuperar todo o carro, mas deu trabalho.

Ainda volto lá e passo no diacho do túnel!


Caso não queira fazer o túnel, o trajeto continua sendo interessante. Logo depois vem uma parte com erosões monstros que desemboca na represa, onde é preciso descer pela pedra.


Créditos das fotos para o amigo do Rogério, Daniel Veloza, fotografo de mão cheia.