terça-feira, 31 de maio de 2016

Chapada Diamantina: Trilha do Roncador (Lençóis -> Ibicoara)

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Dia 11 -Trilha do Roncador (Lençóis -> Ibicoara)
  • Atrações: Trilha do Roncador, Cachoeira do Roncador, Igatu
Travessia do Rio Garapa (trilha do roncador)
A meta do dia era chegar em Ibicoara para no dia seguinte fazer nosso último dia de passeio na chapada.

Poderíamos ter ido pela estrada, mas se tem uma trilha com cachoeira que chega no mesmo lugar, pra que ir pelo asfalto. E assim começa a trilha do Roncador

Trilha do Roncador.

A trilha do Roncador liga lençóis a Andaraí através de 35km de pedras, rios, areião e cachoeiras. (Pelo asfalto são cerca de 100km).

Cachoeira do Roncador. Tem até "hidromassagem"
Os principais atrativos são as cachoeiras do Roncador e do rio Garapa. De Lençóis até a cachoeira do Roncador, a estrada é ruim. Tivemos que limpar algumas partes com facão e arrumar o caminho com a pá para passarmos. Atravessamos 5 rios rasos até o Roncador. Já do Roncador até Andaraí, a estrada de terra é boa. Tanto o rio Roncador quanto o Rio Garapa são travessias mais fundas, logo, só é possível atravessa-los se não choveu muito na véspera.

Pega sinal da vivo por quase toda a trilha. Tem pouquíssimas casas no caminho. Se informe com os moradores das cidades sobre a condição da trilha e dos rios.

Wikiloc: http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=12005591

Igatu

Saindo da trilha, ainda tinha estrada para Ibicoara. Resolvemos parar em Igatu, distrito de Andaraí, para almoçar e conhecer essa pitoresca cidade.

Ruinas da cidade do garimpo
Com a estrada toda feita de pedra, Igatu é conhecida por ter sido um pólo de garimpo e depois ter sido abandonada pelos seus moradores (quando o garimpo acabou). Existem as ruínas da velha cidade abandonada e um ótimo museu sobre o assunto.

A cidade possui algumas cachoeiras, mas não fomos. Almoçamos, passamos no museu, visitamos a cidade abandonada e rumamos para Ibicoara.

Ibicoara

Ficamos na pousada Kabana de Pedra, dos mesmos donos do delicioso restaurante de Andaraí (sobre o restaurante aqui). Pousada muito boa, os donos são super simpáticos e o restaurante tem o mesmo nível do de Andaraí. Já fica na estrada da cachoeira do buracão (ou seja, em estrada de terra), mas as principais pousadas ficam fora da cidade. No próximo post, abordaremos a ida à cachoeira do buracão.

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sexta-feira, 20 de maio de 2016

Chapada Diamantina: Lençois

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Dia 10 - ida a Lençóis, passando pelas atrações
  • Atrações: Torrinha, Pratinha, Morro do Pai Inácio
  • Quilômetros: 105km (saindo do Vale do Capão)
  • Mapa: https://goo.gl/3ubbdT 
Grande parte do trajeto foi em estrada de terra (ok pra carro de passeio)
Lençóis é a cidade mais desenvolvida da chapada (tem até aeroporto). Nela você encontrará uma infinidade de pousadas, agencias de turismo e restaurantes (vários deles ótimos).

Dicas de onde ficar:

Pousada Casa de Jorge: ficamos nessa pousada, que é quase uma casa adaptada para pousada. É um pouco afastada do centro, mas mesmo assim andamos por tudo a pé. É mais em conta que as pousadas mais centrais, tem boa qualidade, ar condicionado, café da manha. Só que não aceita cartão, então pagamos por deposito bancário (cuidado com o google maps pq ele se perde para chegar na pousada)

Dicas de onde comer: (Lençóis tem ótimos restaurantes, mas só deu tempo de ir em um)

  • Lampião (tripadvisor): ótima comida e localização, com mesas na rua. Tudo muito elegante e aconchegante. Preço no nível de um outback.
  • Café São Benedito (tripadvisor): fechamos a noite no café, lugar agradável, cafés diferentes e ótima torta de maçã.

Passeios:

Gruta da Torrinha
Gruta da Torrinha:

Fizemos pratinha e depois torrinha, mas sugiro que faça esse primeiro. Torrinha é uma gruta super extensa, com muitos salões de pé direito alto e formações rochosas peculiares. Existem algumas rotas possíveis e o passeio dura de 1h a 2h, dependendo dos roteiros. Achamos os preços meio caros (principalmente qndo comparado as informações dos guias turísticos impressos) variando de 30 a 40 reais por pessoa para o roteiro 2 e 3. Esse valor conta com guia e capacete com lanterna. Tinhamos visitado o PETAR em SP fazia pouco tempo e, apesar da extensão dessa caverna, aos olhares de turistas que somos essa atração não apresentou muita coisa de novo sobre grutas/cavernas. Agora, se você não conhece cavernas, vá!. Ah, tem restaurante (passável) e banheiros.

Água "caribenha" na gruta da pratinha.
Fonte: http://www.terrachapada.com.br/
Gruta da Pratinha: 

Bem menor que a Torrinha, a gruta da Pratinha é uma gruta entreaberta com aguá cristalina (verde igual do caribe) e com uma praia artificial para curtir e relaxar. O lugar é muito bonito! É possível alugar colete e fazer flutuação dentro da gruta de águas cristalinas. Tem restaurante, lanchonete, banheiros, etc. Paga-se uma taxa para entrar (20 reais por pessoa em jan/2016). Ao lado da gruta da pratinha, tem a gruta azul, que recebe feixes de luz entre 14h e 15h em suas águas, porem não é aberta para mergulho. (na nossa opinião, vá na gruta azul se der tempo... pq ainda tem por do sol no morro do pai Inácio)


Morro do Pai Inacio, fica do lado da estrada
Fonte: http://img.terra.com.br/
Morro do Pai Inácio: 

Vista espetacular da chapada, principalmente ao por do sol. A subida é curta, mas ingrime (moderado). A portaria não permite subir depois das 18:00, então calcule bem a hora para chegar e aproveitar um pouco o lugar (achar o morro dos três irmãos, por exemplo) antes do por do sol (caso seja essa a intenção, chegar 16:30-17:00) Tem como estacionar o carro na frente e o ingresso era 6,00 por pessoa em janeiro.

Por do Sol no Morro do Pai Inácio 
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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Chapada Diamantina: Vale do Capão

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Vista da cachoeira da fumaça.
Fonte: http://files.ibicoara-chapada-diamantina.webnode.com/


Dia 9 - Vale do Capão

Antes de falar dos passeios, cabe falar um pouco sobre a cidade em si. Ela é uma cidade hippie e com um centrinho charmoso e gosto de curtir a noite (não deixe de visitar). Mesmo em um lugar bem remoto, conta com restaurantes e cafés muito bons.  Na cidade não tem caixa bancário, nem posto de gasolina (somente em Palmeiras, 21km de distancia)

Dicas de onde ficar:

  • Pousada/camping do Gorgulho (site): preço justo e acomodações justas. Relativamente perto do centro da cidade (dá para ir a pé de noite, mas leve lanterna porque é escuro o caminho)
  • Camping Novo Horizonte: não fomos, mas é bem recomendado na internet. Dois clientes já montaram um blog de tanto que gostaram (blog1 e blog2). Parece ser afastado e com mais contato com a natureza.

Dicas de onde comer:

  • Taverna Vale do Capão (tripadvisor): um dos poucos lugares que serve carne. É uma cervejaria e possuem chopp de fabricação própria, muito bom.
  • Pizzaria Capão Grande (tripadvisor): duas opções de pizza vegetariana, uma salgada e outra doce. Muito saboroso, a pizzaria é famosa. O preço também é meio salgado.
  • Arômata d' Lagoa: não conseguirmos ir, pois fecha as 19h e não abre no domingo. Parece ser um restaurante mais chique e nos foi bem recomendado. Fica dentro da pousada Villa Lagoa das Cores (site)
  • Terroá Café Especiais: não conseguirmos ir também, mas dizem ser um dos melhores cafés do Brasil (site)
Passeios:
Cachoeira da Fumaça por cima. Fonte: http://www.bahia.ws
Cachoeira da Fumaça por cima:

Passeio imperdível. A cachoeira tem uma queda imensa e se abre para o vale entre as chapadas. Quando você deita na beirada e olha para aquela imensidão e beleza, com certeza você será tocada pelo momento e nunca vai esquece-lo. Agora, quanto aos termos práticos, não precisa de guia, dá pra seguir pelo wikiloc (não tem dificuldade), mas mesmo assim encontramos uns paulistas na pousada e pegamos um guia. Além de falar um pouco sobre a cidade e sobre as atrações, o guia pode emendar outras atrações depois e ainda ajuda a tirar aquelas fotos inesquecíveis. O guia custa em torno de 100 reais por grupo e fomos com o Jaime (facebook). A trilha é controlada por uma associação (vão pedir doação e vale a pena ajuda, já que são eles que tomam conta da trilha e combatem as queimadas) e o horário limite para a subida é 13h. O passeio leva ida e volta cerca de 4h e tem 11km de extensão, sendo que a trilha é de dificuldade moderada (tem subida e partes alagadas rasas, mas que molha a bota). No topo da cachoeira, por incrível que pareça, tem vendedor de suco e salgados típicos (suco de maracujá com capim santo e pastel de palmito de jaca), É possível conhecer a cachoeira por baixo, mas é necessário um trekking de 3 dias para isso e o nível de dificuldade é mais alto. 

Wikiloc da cachoeira da fumaça por cima: http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=13269582

Riachinho tem piscina natural com borda infinita e vista privilegiada.
(parece propaganda dos "empreendimentos" de SP rs)
Riachinho

Chegou exausto da visita a cachoeira da fumaça, nada melhor do que se refrescar na cachoeira do riachinho. O acesso é na estrada para o capão (marquei no mapa aqui) e dá pra deixar o carro ao longo da via. Também não precisa de guia e seu acesso é bem fácil e rápido (bem diferente da cachoeira da fumaça). Paga-se 6 reais e tem banheiros. O lugar, além de relaxante, é exuberante, Vale a pena conhecer.

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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Chapada Diamantina: rumo ao Vale do Capão

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Dia 8 - ida para o Vale do Capão

BA-144 é a entrada da estrada de terra para a cachoeira do mosquito
(para o restante do caminho, use o wikiloc abaixo) Já o Poço do Diabo
fica na beira da rodovida como marcado acima

  • Relato: 
Depois de descasar da aventura no pati (dias 4 a 7), saímos cedinho de Andaraí rumo ao vale do Capão.A ideia era visitar as atrações no caminho e chegar no vale do capão no fim da tarde.

Cachoeira do Mosquito

Demos uma explorada nas pontes perto de Andaraí (tem uns caminhos/trilhas que levam a beira de rios) e depois pegamos a estrada. Nossa primeira parada foi na cachoeira do mosquito. Marquei a entrada da estrada de terra no mapa do google maps. A partir de lá é preciso seguir o wikiloc (embora houvesse inesperadamente varias placas ao longa da estrada, na época que fomos)

Wikiloc da estrada de terra (carro): http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=12634456
Wikiloc da trilha a pé até a cachoeira: http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=12563628

Lugar com bom estrutura. Redário, banheiro e restaurante.
Paga-se 10 reais por pessoa na entrada da fazenda. A fazenda tem banheiro, redes para descanso e um bom restaurante (no qual comemos na volta). Da fazenda ainda tem mais 6 km de carro até uns estacionamento e 20min de trilha a pé (dificuldade fácil, embora tenha um trecho com descida acentuada - com corrimão) . A cachoeira é muito bonita e um bom lugar para tomar um banho e se refrescar para o restante da viagem.


Cachoeira do Mosquito
Poço do Diabo

De lá, seguimos para o poço do diabo. A entrada para o poço fica em uma casa lanchonete/restaurante/artesanato (tem banheiro) na beira da estrada. Você estaciona o carro e desce uma trilha bem leve para o poço, de 15 min. Não é preciso pagar a visita, mas eventualmente eles cobram o estacionamento.

Wikiloc da trilha a pé até o poço: http://www.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=13191329

Poço do Diabo
Chegada no Vale do Capão

Depois de relaxamos um pouquinho a beira do poço, rumamos para o Vale do Capão. Passando a cidade de Palmeiras, é só estrada de terra. Evite pegar essa parte a noite (chegamos no anoitecer). Nos alojamos no camping no Gorgulho, que possui também chalés (R$ 100,00 a diária para o casal no chalé com café da manha).


Caminho para o vale do capão. 
A cidade é meio hippie e muito interessante a noite, não deixe de visitar o centrinho (dá para ir a pé da pousada do Gorgulho, mas leve lanterna porque a iluminação no caminho é precária). A maioria dos restaurantes são orgânicos e vegetarianos, mas encontramos boa cerveja e carne na Taverna.

No próximo post, falaremos sobre as atrações que visitamos no Vale do Capão

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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Chapada Diamantina - Vale do Pati

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Trekking no Vale do Pati. Uma experiência unica!


Dia 4 a 7 : Trekking no vale do pati

Nesse post, não temos nada de jipe. O trekking no vale do pati é uma experiencia de desligamento de tudo, inclusive carro. São dias no meio de uma natureza exuberante, compartilhando do dia-a-dia do povo que mora isolado no vale, entre os paredões da chapada.

O intuito do blog é informações diretas (sintetizadas) sobre caminhos offroad, trilhas e atrações para serem alcançados através do jipe. Contudo, nesse caso reproduzo abaixo na integra o relato detalhado que minha esposa fez sobre essa aventura.